Oribots: programando o papel

Resumo

Este artigo descreve as caracterísitcas de um tipo de obra de origami robótico criada e chamada por mim de OriBot. A obra consiste de quadrados de papel dobrados e encaixados formando um todo harmosioso e cinético enriquecido pelos motores e por um microprocessador instalado em seu centro em conexão a motores e um sensor ultrassônico. A obra específica que vou descrever neste artigo, o Sirigami, consiste de um quadrado de origami modular com dois pontos de sustentação cinéticos nas laterais e sua parte de trás encostada na superfície onde estiver. Com os motores movendo a pata num plano perpendicular ao quadrado de origami, a escultura se levanta e abaixa e se mexe e se desloca de maneira errática. No vazio interno do quadrado de papel dobrado está o circuito integrado que comanda os seus movimentos, um Arduino Nano de onde saem fios para os dois motores e o sensor. Os fios correm por dentro das dobras, saindo do microprocessador até o componente que se encontra encaixado em algum dos módulos de papel onde fica fixo por uma cola de plástico a cola quente. A escultura se apresenta no espaço expositivo como um ser potencialmente interativo mas imóvel. O fio que sai do origami denuncia uma conexão com um outro universo de energias à disposição e a eletricidade, ativada pelo movimento do público e controlada pelo microprocessador traz vida à peça que se desloca como um siri pela superfíce onde esteja exposta.