Da tragédia shakespeariana britânica ao nordeste brasileiro
A reconfiguração do grotesco nas ilustrações de Jô Oliveira
Palavras-chave:
grotesco, Jô Oliveira, ilustraçãoResumo
Nesse artigo iremos construir uma análise visual da obra “A Tragédia do Rei Lear”, uma adaptação do clássico literário de Willian Shakespeare, de 1606, reescrita em forma de literatura de cordel pelo autor Marco Haurélio e ilustrada pelo artista nordestino Jô Oliveira. A questão norteadora deste artigo é analisar o grotesco, efeito artístico que surge entre a renascença e o maneirismo europeu, e que se encontra presente na identidade gráfica do artista em questão. A metodologia será um estudo de caso da adaptação gráfica do clássico de Willian Shakespeare, e irá enfatizar os conceitos visuais presente na categoria estética do grotesco; conceitos provenientes da linguagem visual e fundamentos básicos do desenho artístico, além de explorar e introduzir a trajetória artística do artista gráfico Jô Oliveira. Na fundamentação teórica utilizaremos os autores Kayser (1959); Victor Hugo (2014); Ariano Suassuna (2016); Muniz Sodré e Raquel Paiva (2002); Donis A Dondis (2015); Eva Heller (2013) com fins de entender os conceitos acerca do grotesco; da psicologia das cores e da linguagem visual e construir um diálogo com as ilustrações de Jô Oliveira. Também será levado em consideração os estudos de cultura popular e contemporaneidade de ABIB (2015); e mediações culturais de Stuart Hall (2009).
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Este trabalho está publicado na edição: Arte e Transmidiações - Anais do 3º Congresso Intersaberes em Arte, Museus e Inclusão; III Encontro Regional da ANPAP Nordeste e 8ª Bienal Internacional de Arte Postal
Referências
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