Undertale: experiência e alteridade
Palabras clave:
jogos, undertale, RPGResumen
Escrever sobre games é como narrar uma aventura. Não só pela presença deste elemento nesse tipo de mídia, mas também pela trajetória que se forma enquanto se percorre as palavras detalhada- mente pensadas feito quem se preocupa em resolver um mistério. Também é comum encontrar ele- mentos nostálgicos no processo que colaboram para a empolgação: hora ilhas de memórias daquelas madrugadas com os olhos mergulhados na televisão, outrora as reuniões com os amigos e as incontá- veis disputas ou colaborações para se vencer um desafio. O ponto é que escrever sobre games também é indiretamente escrever sobre a vida e as relações nela estabelecidas, uma vez que, articulando com Reali e Campos (2017, p. 137), “jogar jogos ele- trônicos é uma experiência de poder assim como a sua produção e distribuição. Jogador e jogo estão diante de um processo ativo e profundo de experimentação, de construção incessante de significados e negociações.” São universos pixelados de possibilidades. De ser e estar. De limites, territórios e potências diferentes. Já Ramos (2013, p. 111) comenta quanto ao “acolhimento da diferença, das singularidades humanas, para a realização das necessidades humanas e para a criação de identidades paralelas.” Assim, para além da nostalgia, games são produtores de diversos significados para aquele que joga. Desencadeadores de oportunidades para além dos pixels.
Citas
BAKHTIN, M. Para uma filosofia do Ato Responsável. [Tradução aos cuidados de Valdemir Miotello e Carlos Alberto Faraco.] 2.ed. São Carlos: Pedro & João Editores, 2012.
DUSCHATZKY, S.; SKLIAR, C. O nome dos outros. Narrando a alteridade na cultura e na educação. In: LARROSA, J.; SKLIAR, C. Habitantes de Babel: políticas e poéticas da diferença [tradução aos cuidados de Semíramis Gorini da Veiga] Belo Horizonte: Antêntica, 2001.
LARROSA, J. Tremores: escritos sobre experiência [tradução aos cuidados de Cristina Antunes e João Wanderley Geraldi] Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2015.
MOURA, M. I,; MIOTELLO, V. Deslocando a identidade. Um novo jeito de pensar a respeito de mim mesmo. In: MIOTELLO, V.; MOURA, M. I. A alteridade como lugar da incompletude. São Carlos: Pedro & João Editores, 2014.
RAMOS, D. K. Jogos Eletrônicos e aspectos morais: a borda entre o virtual e o atual. Conjectura. Caxias do Sul, v. 18, n. 1, p. 105-109, abr. 2013.
REALI, N. G.; CAMPOS, K. C. de. Jogos eletrônicos e a nova ilha da fantasia. In: RAMOS, D. K.; CRUZ, D. M. Jogos digitais em contextos educacionais. Curitiba: CRV, 2018.
UNDERTALE. Toby Fox. 2015.
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